domingo, 24 de agosto de 2014

Territorio Kiriri Canta Galo

Familia Kiriri Canta Galo

A origem do povo Kiriri antecede a chegada dos portugueses.
Este povo ocupava vasto território do nordeste brasileiro, indo do litoral
norte da Bahia até as margens dos rios Itapicuru e São Francisco,
passando, também, pelo sertão baiano, sul do Piauí, Ceará e oeste de
Sergipe.

Composto historicamente de diversos grupos nômades, este
povo foi perseguido pelos capitães do mato e coronéis (senhores poderosos
na história do Brasil), o que levou a divisão em vários grupos menores,
que sofriam com os conflitos e as doenças causadas pelo contato
com o povo não índio. Alguns desses grupos vieram de canoa pelos rios
Itapicuru e São Francisco para a região de Zurududé e Saco de Morcego
(atual aldeia Mirandela) onde se fixaram, e outros grupos vieram pelo mato.
Por causa das constantes invasões dos senhores de engenho nas
regiões dos Kiriri, o rei de Portugal D.João VI, por meio de um alvará, deu aos
Kiriri uma légua e uma quadra, sendo esta destinada a missão Senhor de
Ascenção do Saco dos Morcegos, sendo o centro desta terra - Vila de Mirandela.
Em 1995 os índios retornam ao maior povoado da terra Kiriri,
Mirandela, que era o centro da terra indígena, antes habitada pelos posseiros
e centro de missa dos católicos.
Igreja construida em mirandela pelos Indios Kiriri, incentivados pelos Jesuitas


Nesta época também reconquistam os territórios dos
povoados de Pau Ferro, Gado Velhaco e Marcação. Assim as aldeias
Araçá, Segredo, Baixa da Cangalha, Cajazeira e Baixa do Juá foram
ocupadas pelos índios Kiriri de Canta Galo e as demais aldeias foram
ocupadas pelos índios de Mirandela.
Com a retomada da terra indígena, com o fim de todo esse processo
de luta e o retorno as suas aldeias, a vida de todos os índios mudaram,
hoje a paz reina entre os Kiriri. No ano de 1998 os conflitos com os
posseiros acabaram e também com os próprios índios. Hoje os índios buscam
viver em harmonia com todos. Podemos dizer que estamos vivendo
bem, mas falta muito para conseguir os nossos ideais, que é ver as nossas
crianças e jovens livres de todos os perigos.

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